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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mais sobre o phronema da Grande Síntese na Contracultura

À Aristocracia do Espírito,

Continuando a nossa série sobre elementos da Grande Síntese inseridos dentro da contracultura, indicaremos mais obras diretamente ligados ao phronema da revolta do Espírito contra a razão. Prosseguimos com uma música da banda de Heavy Metal Judas Priest, "Beyond The Realms Of Death”, que destacamos:

Keep the world with all its sin
It's not fit for livin' in
Yeah! I will start again
It can take forever, and ever, and ever
And ever, but I'll gonna win.



Muito bem, pois sabedores que somos da necessidade em se revoltar contra às limitações da realidade, muito bem expressada pelo genial Novalis, "o mundo será como eu quero que ele seja!", este sublime sentimento de rebelião contra as limitações e pecados do mundo é declarado na música, com um importante adendo - a eterna luta contra a perversão, contra a tirania do mundo, ainda que por vários eons até a derradeira vitória do espírito.

No campo cinematográfico, ainda que não muito dentro da contracultura, encontramos a clássica e gloriosa película estrelada por Vincent Price, “The Abominable Dr. Phibes" e “Dr. Phibes Rises Again”). Além do divertidíssimo humor negro por toda a obra, vemos em Phibes, tanto no porte como nas ações, o mítico third positioner, o valoroso aristocrata do espírito contra a degeneração.
É óbvio que Vincent Price, com sua pose de verdadeiro aristocrata (o que de fato, era) de modos elegantes e postura sem-igual, ajudou na composição do mítico Doutor, pois, como todo assassino interpretado por Price, Phibes não é um grosseirão qualquer sedento por sangue, que mata armado de armas rudimentares e com muita força bruta. Pelo contrário - cada morte é repleta de simbolismo, genialidade, planejamento e coroada com uma belíssima dança.

Entretanto, sábios aristocratas, há outro elemento que nos chama mais atenção: a atitude do Dr. Phibes contra as amarras da morte. Sua vingança, planejada com base em avançada Teologia, se dá por conta de um erro humano que vitimou sua mulher. O inconformismo de Phibes, tanto contra a morte de sua esposa, demonstrado no segundo filme, quando vai em busca de sua ressurreição, tanto em sua vingança contra os malevolentes que tolheram a vida de sua amada, demonstram seu desejo de não aceitar a realidade—desejo que só é aplacado através do sangue dos pérfidos.

Por enquanto, caros confrades, recomendo que meditem a letra da música e assistam com muita atenção aos dois filmes, e prestem muita atenção nos simbolismos teológicos do primeiro. Creio que meus nobres amigos não terão apenas algumas boas horas de entretenimento, mas também ganharão uma boa oportunidade para meditação e reflexão sobre o phronema da nossa Terceira Via.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A Importância da Contracultura - Cinema

"A criação de um Novo Estado e de uma Nova Civilização será sempre efêmera a menos que seu substrato seja um novo homem" - Julius Evola

À aristocracia do Espírito:

A contracultura, movimento que muitos consideram surgido nos anos 60, é na verdade um fenômeno presente em todas as eras de decadência dos verdadeiros valores tradicionais. Quando os valores e a Tradição perdem o significado espiritual, tornando-se então apenas uma "moral" para conservar a vida em sociedade, transformando aristocratas, aqueles om impulso à transcendência, em simples membros da sociedade, temos então uma consequência natural, que se desdobrará em apenas dois caminhos: ou este aristocrata mantém sua posição, em pé entre as ruínas, ou então passa à marginalidade. É como a mesma degeneração que transforma o ascetismo guerreiro num ascetismo pietista, meloso. Assim também é a sociedade: os valores que antes eram transformadores da natureza humana são enfraquecidos em busca de normas morais e regras de conduta.

Lembros que marginalidade aqui não pode ser entendida em um sentido amplo. Não falamos do bandidinho barato que assalta para satisfazer seus instintos, da mesma forma que o medíocre homem comum trabalhar para buscar seu sustento. Falamos daqueles que buscam uma vida à margem da sociedade, que já não merece mais a Tradição e a verdadeira normalidade, e merece o choque, o grotesco, aquilo que traga desespero, revolta, repulsa.

Portanto, ó supinos confrades, esta série demonstrará os diversos "espíritos de porco" (com muito orgulho!) que buscaram assustar, apavorar, chocar e destruir a decadência da época. Se apenas através da destruição faremos o novo homem e um novo mundo, urge portanto uma ação cultural capaz de aniquilar toda esta ordem, e então, após o caos, será possível erguer uma nova ordem, uma nova civilização, livre de todo sentimentalismo, moralismo e fraqueza que marca este degenerado fim de ciclo.

Easy Rider






Começamos com um filme que é importante não só pelos seus diversos elementos de contracultura, mas também por ser o melhor exemplo daqueles aristocratas do espírito que partiram para a marginalidade. Wyatt e Billy são o grande exemplo desta figura única: a que não respeita padrão algum de comportamento, não respeita tabu algum, nem mesmo a morte, sem alcançar adaptação em lugar algum.

Cannibal Holocaust




Uma película brutal, grotesca, repugnante. Já que não somos tão doentes para nos interessar pelas fortes cenas de violência, tortura, canibalismo, porquices em geral e outros temas muito familiares, destacamos a ótima demonstração de como os "civilizados" podem ser bem mais cruéis que nativos canibais. Este é um filme que pode tornar compreensível porque os canibais assaram o Frei Sardinha e outros colonizadores.

Meet the Feebles





Obra prima de Peter Jackson, esta versão conhecida como "the Muppets on acid", vai além de um filme com temática infantil com piadas para adultos. Não há um só valor que este filme não ridiculariza, os diálogos imbecis e repletos de malícia transformam este filme numa interessantísima exibição capaz de traumatizar qualquer criança (e muito adulto) pelo resto da vida. Detalhes para feridas purulentas, escatologia, perversões, violência, uso de drogas e outras cousas capaz de deixar Bin Laden com inveja na questão "afrontar a civilização judaica-cristã".

The Last House on the Left (1972)




Violência, vingança, sadismo, escatologia. Tudo isso cometido por verdadeiros psicopatas e, mais tarde, pelos pais da garota morta pelos bandidos, numa sequência de vingança violenta que fez muita gente se levantar das salas de cinema bem antes do final.

This is America

Não encontrei nenhum trailler ou trecho no youtube. Mas se você deseja ver como a América de verdade não é a mesma que existe na cabeça de necons americanos ou de brasileiros ignorantes ou de interesses obscuros, assista este filme.

El Topo


Ótimo faroeste psicodélico, violento, delirante e repleto de simbolismo. Era um dos filmes favoritos dos que buscavam viagens de ácido nos cinemas de NY. Um soco no estômago naqueles não muito acostumados com o cinema marginal. Creio que é capaz de, em certos casos, causar mais indignação que Cannibal Holocaust.

Luther the Geek







Só entra nessa lista pelo roteiro totalmente imbecil, pelas cenas totalmente imbecis e pela péssima qualidade dos "defeitos especiais" nas cenas de violência. Para dar um gostinho: garoto vê um bando arrancar pescoços de galinhas para beber sangue e 30 anos depois, já psicopata e com delírios galináceos, busca a vingança das galinhas tomando sangue de caipiras.

The Wall






Acho que é a única "obra prima" dessa lista. Loucura, alucinação, críticas à educação e criação moderna, o principal personagem é o símbolo do aristocrata do espírito enlouquecido pelo mundo moderno. É quase um Carlo Michelstaedter superstar.


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